O leitor imagine alguém extremamente religioso. Voz pausada e sem grandes inflexões, gestos brandos. Depois imagine esta pessoa pelo lado cómico, como se retratado num programa humorístico, com todos os gestos exagerados para o público achar piada. Ele esteve aqui, esse personagem contracenou comigo. Mas que grande cena!
Queria vender-me um saquinho mimoso com alfazema lá dentro para pôr um pedacinho duma gaveta lá de casa a cheirar bem. Fizemos negócio, que eu gosto daquelas 'cenas'. Depois, quiçá acalentado pela venda, entregou-me um folheto da religião que ele pratica. O papel tinha impresso a foto dum casal, tinham faixas em diagonal no corpo, honras e condecorações diversas e as suas expressões demonstravam a mesma brandura deste discípulo.
Brandura, a postura imprescindível para esta causa... (?)
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