Intensifiquei a minha ideia de que o mundo é igual à internet. Tudo por causa do alter-ego. O alter-ego não funciona apenas para os bloguistas, escritores, artistas. Toda a minha gente põe o alter-ego na maioria das atitudes, não precisamos duma folha de papel para nos revelarmos, dum cavalete para descrever as emoções, nem dum pedaço de matéria-prima para criar arabescos expressivos, ou sequer duma voz de sonho para extravasar sentimentos.
O meu colega é homem para teatralizar toda e qualquer cena que conte aos seus atentos ouvintes, o homem faz os gestos, as falas e ainda vai buscar as piadas lá ao fundo da sua criatividade.
Blogues/arte para quê?!
O Matias diz que lá no Ultramar viu muitas vezes (?!) homens feridos a tirar os capacetes a outros homens feridos (?!) e virem os miolos agarrados... (Sério, sô Matias?!)
Blogues/arte para quê?!
O Daniel, quando conta qualquer episódio da sua vida, detém-se um tudo-nada nos 'ésses', é ali que o seu alter-ego levanta a crina e mostra o esplendor. É ténue mas eu dou por ele.
Blogues/arte para quê?!
E o Clóvis... Bem, o Clóvis tem um alter-ego fortíssimo. As comidas que faz estão sempre fenomenais, é um gosto ouvi-lo falar de paladares, fica-se com a ideia de que mais ninguém é capaz de cozinhar bem. E as mulheres… As mulheres – que come… - são sempre do melhor que há em matéria de cú, mamas e rosto. Remata sempre com a frase supra: ‘eu só como do bom e do melhor!’
O alter-ego do Clóvis é tão forte, tão consistente, que nem sabe que raio de merda é esta que eu estou para aqui a falar.
Blogues/arte para quê?!
Sem comentários:
Enviar um comentário