Sou mulher para usar ambas as mãos. Em todos os gestos. Sempre.
Ou então não.
Houve aí um dia em que achei cómico, e gracioso, inclusive, fechar o meu pequeno porta-moedas com uma só mão. Eu estava no café e falava entusiasticamente com o homem de lá. Enquanto falava, olhava para ele e, para não me desviar da conversa, pressionei o fecho de encontro ao balcão sem olhar. Por causa de todo entusiasmo nem reparei que o porta-moedas tinha assentado em cima do pires que aparava uma chávena cheia de café. É então que se dá o desastre do dia quando praticamente todo o líquido se derrama por ali fora gerando algum alvoroço. Desfiz-me em desculpas, pus logo uma data de guardanapos daqueles que não absorvem porra nenhuma e fui rapidamente salva pelo homem do café, esse ser que lá de quando em quando aparenta alguma diligência.
Pois é, eu sei, o texto acima é desenxabido. Sou mulher para escrever desinteressantemente (não confundir com desinteressadamente, por favor… que isso, nunca!), em querendo. A consistência não é bem-vinda à arte que me assiste.
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