Quando saio de lá venho sempre por um pedaço de estrada difícil de percorrer, há uma força estranha a prender-me ao chão. Desenvencilho-me como posso. É costume tirar fotografias no caminho para desanuviar, ou para me esquecer que existo, ou porque agora tudo na minha vida me parece recorrente, loucamente cíclico.
Enquanto esperava fiz a lista de queixas. Em cima do joelho, literalmente. Detesto listas, aguardei a sua feitura até não poder mais. Contrariada, elaborei uma certa ordem: escrevi para fixar e queixar-me. A queixa, esse ato difícil de sair... Disse-lhe tudo. Tudo.
A senhora doutora tratou-me pelo nome, uma raridade. Disse que os meus sintomas são os normais de quem tem de extravazar. É tudo normal, então (será?!). Aconselhou-me, ainda, que por muito má me pareça toda a envolvência, eu que veja bem, pois estarão algures coisas boas. (Foi esta a conversa, só por dizer que estou a usar palavras minhas...)
Mealhada , 14 de Novembro |
Enquanto esperava fiz a lista de queixas. Em cima do joelho, literalmente. Detesto listas, aguardei a sua feitura até não poder mais. Contrariada, elaborei uma certa ordem: escrevi para fixar e queixar-me. A queixa, esse ato difícil de sair... Disse-lhe tudo. Tudo.
A senhora doutora tratou-me pelo nome, uma raridade. Disse que os meus sintomas são os normais de quem tem de extravazar. É tudo normal, então (será?!). Aconselhou-me, ainda, que por muito má me pareça toda a envolvência, eu que veja bem, pois estarão algures coisas boas. (Foi esta a conversa, só por dizer que estou a usar palavras minhas...)
2 comentários:
Escrever num diário ajuda-me (até porque lá posso escrever mesmo tudo).
Já escrevi muito no diário, agora escrevo nele apenas quando vou de férias...
Escrever no blogue é melhor no sentido de haver resposta, ou a simples ideia de que estou realmente a comunicar, muito embora seja um pensamento bem próximo à ilusão, sei disso.
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