No meu roupeiro estavam guardados dois cobertores que tenho de quando era menina. Ou melhor, um dos cobertores é de quando eu era menina, o outro já vem dos primórdios da minha existência, acompanhou a era lactente, a pré-escolar e a escolar.
Deste último cobertor, a minha mãe conta que eu me agarrava a ele, chuchando avidamente, e muito compenetrada ia retirando os borbotos com dedinhos de bebé. Diz que é uma imagem que sempre lhe assiste.
E agora o ciclo:
Chegado o frio, lembrei-me de vasculhar o roupeiro procurando algo que me aquecesse enquanto vejo TV, dei de caras com os ditos cobertores e retirei o mais novo, que o mais velho está tão gasto, o pobre...
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