Um homem tamborilando os dedos na correnteza de cadeiras onde me encontro sentada. Enervante, o bicho. O melhor é levantar-me daqui, penso eu. Mas a preguiça vence a ideia, deixo-me ficar. Serve para testar-me os nervos.
A espera propriamente dita é irremediavelmente suportada. Nunca mais é sábado, ai o caraças que não me chamam. Não vale a pena meter-me na vida de 'Mrs. Dalloway', agora não vou conseguir ler.
Ouvi, finalmente, o meu nome no altifalante todo xis-pê-tê-ó, a voz impessoal duma senhora verbalizando a totalidade do meu nome. A pobre nunca mais se despacha, quando acaba já estou a fechar a porta do consultório da senhora doutora, o que significa que tenho para enfrentar um outro tipo de nervos.
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