«Foste ao médico? Então que é que tens, mulher? É por causa de quê?»
«É por causa da cabeça.»
Calou-se. Às vezes soltar a língua revela verdades que ninguém quer ouvir.
Há respostas que dou por ser abrupta, racional e honesta. Outras vezes é pela grande curiosidade de ver até onde chega a curiosidade das pessoas. E outras, ainda, porque nem me lembro que o fingimento existe.
Era melhor ter-me lembrado do fingimento, moderaria os níveis de sofrimento.
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