A Henriqueta é mulher para me provocar calores. Põe-me os pés de molho numa água quentinha. Liga a máquina. Tú-ú-ú-ú, é o barulho da máquina a massajar-me por meio de saídas de ar pequeninas. E faz bolhinhas, muitas. A espuma sobe, vem às pernas; sobe, sobe; faz cócegas. Eu aqueço e coro. Que bom, com este frio... E chega a parte dolorosa, aquela em que me é repuxado tudo quanto seja pele por baixo das unhas. Eu suo. Suo, com este frio... É a Henriqueta a fazer-me calores, que é mulher para isso.
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