domingo, 6 de novembro de 2011

Uma coisa do espírito

Pousei o olhar num livro de capa preta. Em letras douradas e muito gordas: 'O Livro', era o que se lia. Por baixo, em letras menos garrafais estava escrito 'Bíblia Sagrada'. Ah, a Bíblia, o livro mais lido do mundo, segundo se consta.

(Assim será enquanto não editar o meu, claro...)

Tenho uma enorme dificuldade em concentrar-me seja naquilo que for, esteja onde estiver. Primeiro tenho de averiguar todos os itens que me apetece, como se fosse imprescindível ter de o fazer. Depois tenho de deixar todos os pensamentos repousar, como se fosse ainda mais necessário ao meu bem-estar, absolutamente impreterível. E pronto, estou pronta. Pronta a predispor-me

(note bem: predispor)

a fazer parte do espírito da coisa. Difícil que se farta... Bolas!
Porta-te bem Gina Maria... Deixa o mundo, vá. Deixa tudo, deixa a tua vida e as tuas questões materiais, despoja-te de tudo, deixa inclusive a tua identidade, o teu nome, que tanto tem a ver contigo, eles é que nem sonham... Aqueles ali, os que estão no púlpito a cantar a adorar um deus que não conheces. Deixa-te estar! Não penses em nada. Nada.

O que mais me baralha em questões espirituais é o facto de os mesmos argumentos servirem para se acreditar nalguma coisa serem exatamente os mesmos que podemos ir buscar para fazer o contrário. Desacreditar. Bolas... Esta vida é tão difícil... Como não duvidar de Deus e da sua existência?! Se tudo tem de partir de mim, afinal? E eu? Existo? Sei lá...

Seja lá como for, é assim: eles lá em cima cantando devotada e alegremente, eu a escrever na minha cabeça, a decorar instantes, frases, temas, questões, como se não tivesse mais nada para fazer. Fantástico...

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