O senhor arquiteto pediu-me desculpa no final, dizendo que eu tinha estado a fazer de padre, ouvindo a história comprida duma das dívidas dele e o quanto não gosta de passar o ano a dever. Depois desejou-me um bom ano e eu retribui.
Gosto de ouvir as pessoas porque aprendo. Normalmente é assim. Neste caso ouvi falar na primeira pessoa dum caso jurídico de heranças, sempre tão contendiosas, o que dista em muito das minhas vivências mais esquisitas. O dinheiro é um reles bem e um mal necessário.
Gostei da história. Quando acabou, e ele fez uma despedida como que em jeito de desculpa pelo tempo que me tomou. Quando acabou, eu escrevi.
'Ora essa, senhor arquiteto! Eu agora vou daqui escrever um texto. Logo à noite o senhor e a sua dívida figurarão no meu blogue. Longe de olhares reprovadores, pode crer. Ninguém nos (re)conhece, não tema.'
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