Segundo cliente do dia: o homem das lixas. Era manhã cedo, ainda nem tinha mudado de indumentária, vinha vestido a rigor, sendo que o tenho quase sempre visto em roupas sarapintadas e empoeiradas.
(Olhe lá essa coisa da previsibilidade, senhor cliente, que eu dou-me mal com isso... Vem comprar lixas?
Vinha.)
Hoje fez um pedido de grãos mais diversos, o que me tirou o tapete debaixo do chão; deixou-me sem resposta; não pude imaginar nada capaz relacionado com o pedido.
(Afinal não há previsibilidade nenhuma, toma lá que é para saberes!)
Agora que já é reconhecido por aqui, lá vai falando e mandando umas larachas. Lamentou-se dos obreiros: 'eles devem comer as lixas...'
(Tenho de verificar o stock de lixas, que este senhor está a escoá-lo em grande velocidade.)
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