quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Frieiras, de novo

Pus um líquido nas frieiras para me aliviar. Um líquido viscoso e mal cheiroso. Entretanto chega-me aqui um senhor daqueles a quem eu costumo apertar a mão. Desculpei-me:
– Ah, eu tenho as mãos pegajosas e com um cheiro estranho por causa do produto das frieiras.
O homem não se encolheu...
Dê cá a mão e coiso, deixe-se disso.
Estendeu-me a mão sem hesitações de nenhuma espécie. O que não deixou de me admirar. É mesmo verdade que, geralmente, as camadas masculinas da nossa sociedade se enojam com coisa nenhuma. Não sei se é uma questão meramente máscula, grande receio que aquele vínculo que eles têm com a masculinidade se perca por, eventualmente, parecerem vulneráveis. Mas tenho para mim que é isso mesmo.

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