A dona Adelina e a dona Ludovina encontram-se na drogaria e ali ficam à conversa. A senhora que atende ao balcão fica a conversar com elas porque não tem mais nada para fazer.
Ludovina lá pede um esfregão de loiça. Adelina riposta que tem lá em casa o assim-assim e que é muito bom. Ludovina sorri, benévola, e pede uma escovinha de lavar pratos. Adelina desdenha dizendo que quanto mais porcarias a gente tem em casa mais temos de limpar. Ludovina limita-se a prosseguir com a sua vidinha simples: pede um sabão azul e branco. Mas branco... O branco mesmo branco. Adelina fica interessada e fica de cabecinha à banda por modo a depreender qualquer réstia de interesse que ali haja. A senhora que atende ao balcão refere pela enésima vez que esse sabão com o branco mesmo branco já não há, os fabricantes deturparam a fórmula.
As Inas ficam mudas e em uníssono, que duas pessoas mudas em uníssono é algo que não acontece facilmente na vida das pessoas... Têm os lábios apertados como se fosse necessário contrair alguma coisa para perceber questões simples. Ou para não deixar sair sons que deitassem por terra a expressão invulgar que a escrevente desta história fantástica acabou de criar: mudez uníssona. (Será o silêncio um som?!)
Adiante.
A senhora que atende ao balcão sabe que usar palavras caras dá credibilidade bastante para emudecer as Inas em questão. Mas o sabão volta para a prateleira, que a Ludovina não o quer.
A senhora que atende ao balcão daquela drogaria pediu-me encarecidamente que usasse o meu blogue para fazer o género de uma petição para que os fabricantes de sabão azul e branco revissem quantidades, bem como os componentes que usam para fabricar o dito.
Então eu repito:
Senhores fabricantes, voltem a usar as coisas de antigamente na produção desse mítico sabão macaco, sim?
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