Introdução
Vou chamar Romeu a este personagem que aparece na minha vida real porque o considero um tudo-nada romântico e algo poético, há qualquer coisa nele que me lembra a carga emocional dos contos antigos.
Romeu
– Olha o senhor Romeu! Quer alguma coisa minha?
Pergunto eu cheia de honras. Ele responde que de mim só quer a simpatia e eu digo que lha dou de bom grado e ainda fico com alguma para distribuir pelos outros.
Entretanto, este galã para um bocadinho, coisa pouca, e diz:
- Esses óculos ficam-lhe muito bem! O seu marido já lhe disse isso?
E é assim que uma mulher (que já não vê o que via...) se depara com a dura realidade: estaremos para sempre associadas ao matrimónio... Ó senhor Romeu, é assim: sou eu que fico bem, certo?
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