segunda-feira, 12 de março de 2012

O senhor Jorra e a sua empresa

É familiar, esta empresa. Mas não totalmente. O escritório é uma sala enorme, onde trabalham cinco pessoas. Cada uma tem a sua secretária, um amontoado de papéis, vulgo trabalho, e cabos, fios e fichas. Mas tudo muito espaçado. E imaculado.
Sempre que lá vou, deslumbro. Primeiro com o espaço e a (aparente?) calmaria entre colegas, depois com o cheiro que emana da cozinha. Almoçam todos ali, em (são?) convívio.
O senhor Jorra é quem abona as comezainas, certamente... Um patrão à antiga? Afirmativo.
Ao tempo que não via este senhor e o seu império. Cumprimentou-me respeitosamente, como sempre faz. Perguntou por tudo e todos: pelo negócio e pelas pessoas que ambos conhecemos. Eu respondia e ele repetia as minhas frases, como que para gravar na sua cabeça, pareceu-me que só assim assimilava os factos. Está velho, o senhor Jorra. Ele também...

Numa das paredes está fixado um quadro com a seguinte frase:

Vida longa para os meus inimigos, para que assistam de pé à minha vitória

Sem comentários: