As minhas personagens (Tomélia, Milena, Paulina, Eufélia e outras que agora não recordo) são quem eu quiser, que fique bem claro. Brotam das minhas vivências, ou doutra maria qualquer, brotam das minhas vivências e das doutra maria qualquer, ou brotam doutras marias. Tudo à mistura.
Nada há mais prazeroso que vaguear pelo pensamento, abstrato, diz a rica filha que aprendeu no curso dela, mas livre, tão livre que se torna libertador. Aprendi a juntar peças do meu quotidiano e dar-lhe uma forma diferente da realidade, continuo sem inventar grande coisa, creio firmemente que nunca lhe apanharei o jeito, mas já não me preocupo tanto em escrever a verdade e em dissecar a realidade, faço o que posso para afastar a crueza que me caracteriza, valorizando as linhas sinuosas que a vida tem.
Os escritores, pelo que me é dado ver, sempre escrevem das suas experiências. Esta manhã ouvi uma pequena entrevista duma escritora que afirmou ser a base da sua escrita o bullying porque foi uma das vivências mais marcantes que teve. Reafirmo: não é possível escrever daquilo que se desconhece.
Sem comentários:
Enviar um comentário