Sonhei que era uma escritora famosa de quem toda a gente conhecia a cara. A minha vida era maravilhosa, todos gostavam de mim e procuravam a minha companhia, ninguém achava diferenças entre o que sou e o que a minha escrita demonstra. Um mimo, este sonho. Um esplendor, quiçá.
Uma das questões que mais me atormenta enquanto escrevente é essa de não ser como sou. Será que sou como sou ou sou como não sou?! Ah... É aflitivo.
Adiante, que a minha vida não é sonho nenhum.
Ontem recebi um email, do qual, primeiramente, li apenas o primeiro parágrafo, pois foi suficiente para ficar num misto de perplexidade com deslumbramento, depois dei largas ao sentimento e fiquei efusiva, rejubilante e todos os adjetivos que definam uma pessoa extremamente alegre e satisfeita. Levantei-me da cadeira rapidamente e fui a correr para os braços do meu amor que logo percebeu o que era e me acolheu cheio de contentamento, também ele. De seguida viemos os dois até aqui para concluir a leitura, pois é.
Há uns dias eu havia enviado um texto para um site que promove novos autores ou autores desconhecidos e cuja última iniciativa é arranjar textos de autores desconhecidos para posteriormente publicar um compêndio. Participei e... Vou lá estar. O meu texto vai figurar num livro. Um livro a sério. Uma das minhas histórias em suporte de papel, como eu sempre quis. Ó, mê, guê!
Mandei um email de resposta agradecendo à pessoa que dirige o projeto, tentando não parecer uma pobre diaba que acha o mundo fantástico só porque uma historinha pequenina foi escolhida de entre cem outras histórias, estrondosamente maravilhosas, e que depois será editada num livro que contém... noventa e nove outras histórias. Ná... Estou a brincar, encontro-me muito feliz com a situação. Indiscutivelmente.
São onze e tal da noite. Vou dormir e sonhar que sou uma escritora famosa de quem toda a gente... Blás.
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