A cigana voltou à carga. Não lhe tinha saudades, não.
Ó menina bonita!
Menina? Ná... Bonita?! Hum, isto não é comigo.
Ó menina bonita do baú!
Baú?! A minha mala não é nenhum baú, isto não pode ser comigo.
Ó menina bonita do casaco vermelho!
Ah, sou eu! Sou mesmo eu! É comigo! Eu tenho um casaco vermelho.
Viro-me.
Pois é, é consigo, pois, menina bonita é consigo!
Diz ela com maus modos, como se eu a tivesse ofendido gravemente. Repondo sem medos:
Ah pois, bonita pelas costas, né?
Torno a virar-me e sigo. Que vá dar banho ao cão, ora que porra! Ainda por cima se faz de pobre ofendida...
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