segunda-feira, 28 de maio de 2012

Profissão

Se eu não tivesse esta profissão teria outra. Hum, que saber magnífico, que conclusão extática... Estou aqui que não posso, tal é o deleite que sinto.
Pois é.
Se eu não tivesse esta profissão, pela qual não morro de amores – é assim que costumo referir-me ao (des)interesse que nutro pela dita – não experimentaria certas vivências, aqui aparece todo o tipo de pessoas, um balcão é o mundo, tão somente. Veja-se o caso do raminho de flores (clicar aqui), por exemplo.
Conversei com a rica filha acerca das estranhezas de determinada pessoa e ela muito espantada perguntou-me se realmente existem pessoas assim, concluindo depois que as mesmas afinal não aparecem só nos filmes, existem realmente.

'A arte imita a vida' (Óscar Wilde) e não o contrário...

Existem sim, rica filha, acredita. É por isso que tenho a vida facilitada, uma vez que gosto de escrever, tenho o balcão e ainda a benesse de entrar na casa dalguns clientes, o que me permite observar as pessoas numa vertente particular e genuína, e portanto, assaz reveladora.
Sou uma privilegiada, bem sei.

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