Dantes ia de metro até ao Parque das Nações (Lisboa). Lá chegada, comia um gelado exótico, uma combinação de manga e leite cremoso e adocicado. Entretanto olhava o esplendor do rio Tejo, pensando na vida estranha que tinha, fantasiando largamente, pousando o pensamento em lugares idílicos. E pessoas, também havia pessoas. Conversava com as pessoas mentalmente, agora me lembro.
No fim dos vários prazeres tinha boca lambuzada por fora e fresca por dentro, os pulmões limpos, os olhos cheios de azul e prata e o vendaval interior amainado.
Hoje não existe nada disso, esses dias são recordações longínquas. Mas concretas.
Hum, talvez ainda existam os diálogos imaginários, sempre há pessoas na minha cabeça. Não me acho diferente por isso, sei que somos todos assim.
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