Vou falar de gaijas. Boas, que as gaijas são todas boas, primordialmente falando – e eu estou a falar.
Vou falar do balneário feminino, um assunto deveras interessante.
Vou falar da vergonha, do embaraço, do desnorteio.
Uma rapariga vestia as cuecas meio escondida, de toalha enrolada no corpo, como se tivesse muita vergonha de se mostrar. E tinha. Precisava abrir o meu cacifo e a bicha estava junto ao mesmo. Fiz-me ao piso, pedi licença. Ela deixou-me passar, relutante, atarantada, o rosto afogueado. Moveu-se rapidamente e foi esconder-se numa ombreira, atrapalhada com a questão da toalha poder escorregar e o caraças, e lá continuou os intentos: vestir as cuecas sem retirar a toalha que que lhe envolvia metade do corpo.
Fiquei atónita com tamanho embaraço, principalmente por vir de uma jovem mulher. À partida pensa-se que o pudor não reside nas camadas mais jovens mas isso é um engano, as que caminham todas nuas em direção ao chuveiro são sempre as mais velhas.
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