Ora bem, não tarda os leitores ficarão livres deste tema, garanto. É que eu tenho ainda de fazer uns registos que mais são para memória futura que outra coisa. Mas podem ler, claro, tenho um prazer desmesurado em ser lida.
A pintora – uma senhora de quem tenho falado num post ou noutro - foi à apresentação do livro, o que me deixou completamente boquiaberta, nunca pensei que ela quisesse de facto ir. Adorou o evento, diz que a minha história está gira e tal, que não tenho erros de gramática nem nada (?!).
Antes, estivemos as duas a conversar da arte de pintar e da escrita. Diz ela que conhece o escrever, já em tempos escreveu poemas, tem-nos lá em casa encadernados rudemente, com agrafos e assim, a fingir um livrinho, que o preço das publicações literárias está pela hora da morte... Fez-me saber que não se sente nada ansiosa se não agarrar nos pincéis durante dias ou mesmo uma semana ou duas, ao contrário do ato de escrever, em que temos de registar imediatamente o que vem à memória ou então escapa-se-nos entre as brumas do pensamento (atenção, que esta poesia é minha, ok?), a pintura e o desenho não é nada assim, parece que a inspiração está lá, esperando, não foge nem nada.
Acerca doutro convidado também tenho um registo a fazer, pois foi alguém que me surpreendeu bastante pelo empenho em aparecer. Chegou já perto do fim, quando pôde, mas chegou, esteve presente, acarinhou, quis um livro...
Depois houve mais familiares e amigos presentes, claro que sim. Também quiseram o livro, o que foi duma glória terrestre que só visto! Destes últimos amigos guardo a recordação de serem eles as primeiras 'vítimas' de um autógrafo meu. Perguntei se podia ser criativa na dedicatória, se me aguentariam... Claro que sim!, responderam. Hum, então lá vai...
E agora aproxima-se o momento da confissão. Guardei para o fim do texto, as grandes questões apresentam-se no final, num esforço por alcançar o supremo, o apogeu.
Os familiares presentes (além dos ricos filhos e marido) foram os meus sogros. Para quem não sabe... Hum, eu confesso, vá, o meu patrão é o meu sogro (não é a primeira vez que faço esta referência assim tão clara mas quando a fiz foi lá muito atrás no tempo, duas ou três vezes), o homem que me deixa escrever na sua loja, no seu computador e até no seu tempo. Quando escrevi a dedicatória referi os meus sogros como amigos, porque estou convicta de que o são, e exprimi o facto de escrever num computador e num tempo que não me pertencem e se eu não tivesse essa hipótese a minha historinha dificilmente existiria... E ele gostou. Lá se gostou da historinha é que é outra... história.
Sem comentários:
Enviar um comentário