terça-feira, 9 de janeiro de 2007

O convite

Lisboa, 29 de Dezembro de 2006


Ao amado esposo...

... eu convido a jantar comigo no próximo Sábado dia 6 de Janeiro de 2007 pelas 20 horas no já nosso conhecido Restaurante Afreudite que ambos sabemos onde se encontra.
Apenas exijo que vás de barbinha feita, pois acredito que o resto estará óptimo de qualquer maneira.
Agradeço desde já a tua comparência no supracitado restaurante.
Um ganda beijo na bouche desta que te grama assim aos molhos...

Ele aceitou... nem se esperaria outra coisa, obviamente!
Assim sendo, o dia chegou e lá foram eles. O restaurante tem uma decoração simplesmente magnífica. Em cima das mesas há velas acesas e pot pouri que exala um suave perfume ao mesmo tempo que dá um toque de cor ao ambiente. Nas paredes há nichos onde também estão velas acesas o que faz com que a luminosidade seja pouca, criando uma atmosfera propícia ao romance. Todo este cenário transmite conforto, aconchego, paixão e desejo. Quase sem se dar por isso, as vozes saem em sussurro para não quebrar o encanto do lugar.
O menu também não lhe fica atrás, cada prato tem uma descrição pormenorizada no sentido de dar a conhecer como se sentirá quem o comer. Há quem não goste deste tipo de restaurante, alegando que é demasiado sugestivo... pois então não é comum que se acenda o desejo através de qualquer um dos cinco sentidos? Porque não através do paladar?
Instalaram-se numa mesa que ficava num cantinho muito agradável- aquele restaurante é cheio de cantinhos todos eles muito agradáveis. Pediram a entrada e enquanto esperavam iam petiscando o que já se encontrava em cima da mesa.
- Que achas desta nova fase da nossa vida?- arriscou ela.
- Como assim?
- A quantidade de amigos que arranjámos o ano passado e o facto de sairmos com eles regularmente...
- Eu acho que tu estás a gostar muito e tens medo que eu não goste tanto...- ela abanou a cabeça concordando- eu simplesmente estou apreensivo e receoso. Mas acho que existe a grande vantagem de não termos que seguir nenhum modelo, não há o medo de fugir à regra, cada um segue a sua vida sem estar à espera de nenhum tipo de aceitação.
- Não existe a componente espiritual- afirma ela- não há aquela pressão "não comas, não faças, não digas". Eu também gosto dessa liberdade, ninguém está à espera que eu me porte desta ou daquela maneira. No entanto... isso significa que não existem grandes afinidades entre nós, o que a longo prazo pode ser mau. Façamos o que fizermos estamos sempre num patamar diferente.
A conversa foi interrompida para fazerem o pedido. Ela retomou a conversa mudando de assunto:
- Então, gostas de estar aqui comigo? Gostaste da surpresa?- já sabia a resposta, mas ia adorar ouvir.
- Claro que sim, minha linda- deram as mãos em cima da mesa.
Continuaram a falar acerca do gosto que ela tem pela escrita. A certa altura ele disse:
- Fiquei muito contente quando tu começaste a escrever no teu diário e mais tarde no blog. Foi algo que te foste habituando a fazer e aos poucos passou a fazer parte de ti. Agora... em relação ao diário é lógico que ao princípio me deu curiosidade de saber o que estarias a escrever com tanta ansiedade...
- É... eu tenho muita vergonha que leiam o que escrevo. No início, quando publicava um post no meu blog, nem ia ver como tinha ficado senão apagava tudo. Agora já estou mais habituada, mas custou-me um bocado esta exposição da minha personalidade e da minha vida. Mas como gosto de escrever lá fui continuando. Tu também podias escrever qualquer coisa.
- Eu já tive esse gosto e essa capacidade mas perdi-os. Acho que se recomeçasse a escrever seria sempre na base da ironia e do sarcasmo. Algo do género: "Como criar uma bomba para fazer explodir a Assembleia da República"- riram os dois.
Falaram de muitas outras coisas enquanto saboreavam a comida e a bebida- ambas divinais- e desfrutavam da companhia um do outro tentando absorver cada bocadinho como sendo especial.
Terminaram a saída com um passeio a pé pelo Parque das Nações...

2 comentários:

Anónimo disse...

E essa donzela por acaso não intitula de Gigi...?
Muito romântico sim senhora!!!

Olha querida, não tenho conseguido vir aqui pois o meu pc anda avariado. mas nao me esqueço de ti,

beijinhos grandeeeeeees

Anónimo disse...

E essa donzela por acaso não intitula de Gigi...?
Muito romântico sim senhora!!!

Olha querida, não tenho conseguido vir aqui pois o meu pc anda avariado. mas nao me esqueço de ti,

beijinhos grandeeeeeees