Nos últimos dias tem crescido a sensação de que há determinada área da minha vida que é uma grandessíssima... pouca de Chica Maroca*.
Se eu pudesse, partiria aquilo tudinho aos bocadinhos pequenininhos. Desmantelava aquilo devagarinho, com convicção e muito prazer. Ficaria suada, cansada e cheiinha de pó, mas não faria mal nenhum, isso apenas significaria prazer a dobrar. Em seguida, contrataria uma daquelas empresas que tratam de colocar resíduos no seu devido lugar, os funcionários da empresa executariam o trabalho rápida e eficazmente, sob o meu comando, evidentemente, e depois... eu viveria feliz para sempre!!!
Isto aconteceria se eu pudesse, mas não posso... estou de pés e mãos atados e isso atrofia-me tanto, mas tanto, que me parece ter também o pensamento atado, estou cheia de nós, vivo preocupada e em constante tensão.
As perguntas surgem em rajada, sem que eu tenha tempo de responder. Ainda assim, espera-se que eu responda a tudo rapidamente. Pensam... pensam que sabem a minha vida, os meus gostos, o que faço, como faço, o que quero... pensam que sabem porque não me ouvem.
Quando questiono, quando me exalto, nunca é o que eu estava a pensar, percebi mal... até nem era nada daquilo e tal... eu é que tenho paranóias e assim...
O que faço nunca está no ponto certo, ou é demais ou de menos, os meus empenhos são desmontados à frente dos meus olhos. Não há um incentivo, um elogio, nada... aliás, há alguma coisa... há sempre a desconfiança da minha competência, da minha eficiência e da minha experiência. Tudo isto é questionado todos os dias, várias vezes ao dia e quem questiona não espera pela resposta... porque não me ouvem?
Já lá vão tantos anos... e eu ainda não aprendi a lidar com isto... o que faço é pensar para mim própria:
" Deixa andar... molda-te tu à situação, não há como evitá-la, tens que dar um desconto, não há volta a dar-lhe, tens que aguentar... "- até quando?
Está tudo bem à minha volta, estão todos bem, menos eu... e o pior é que eu e a minha vida não interessam para nada a quase ninguém... ninguém me pergunta como estou querendo mesmo saber... e penso:
" Abre-te, abre o teu coração, deixa entrar..." - e eu deixo, mas magoam-me. E penso:
" Liberta-te, solta-te, deixa sair o que está aí dentro, vá lá... não custa nada..." – e eu vou atrás do meu pensamento, mas não páram para me ouvir nem compreendem nada do que digo.
Estou num buraco fundo e negro, não vejo nada, onde está a saída? Não vejo. Não vejo porque não existe saída. Mesmo assim tenho que continuar. Até quando? Até um dia... esse dia existe, eu só não sei quando será...
Se eu pudesse, partiria aquilo tudinho aos bocadinhos pequenininhos. Desmantelava aquilo devagarinho, com convicção e muito prazer. Ficaria suada, cansada e cheiinha de pó, mas não faria mal nenhum, isso apenas significaria prazer a dobrar. Em seguida, contrataria uma daquelas empresas que tratam de colocar resíduos no seu devido lugar, os funcionários da empresa executariam o trabalho rápida e eficazmente, sob o meu comando, evidentemente, e depois... eu viveria feliz para sempre!!!
Isto aconteceria se eu pudesse, mas não posso... estou de pés e mãos atados e isso atrofia-me tanto, mas tanto, que me parece ter também o pensamento atado, estou cheia de nós, vivo preocupada e em constante tensão.
As perguntas surgem em rajada, sem que eu tenha tempo de responder. Ainda assim, espera-se que eu responda a tudo rapidamente. Pensam... pensam que sabem a minha vida, os meus gostos, o que faço, como faço, o que quero... pensam que sabem porque não me ouvem.
Quando questiono, quando me exalto, nunca é o que eu estava a pensar, percebi mal... até nem era nada daquilo e tal... eu é que tenho paranóias e assim...
O que faço nunca está no ponto certo, ou é demais ou de menos, os meus empenhos são desmontados à frente dos meus olhos. Não há um incentivo, um elogio, nada... aliás, há alguma coisa... há sempre a desconfiança da minha competência, da minha eficiência e da minha experiência. Tudo isto é questionado todos os dias, várias vezes ao dia e quem questiona não espera pela resposta... porque não me ouvem?
Já lá vão tantos anos... e eu ainda não aprendi a lidar com isto... o que faço é pensar para mim própria:
" Deixa andar... molda-te tu à situação, não há como evitá-la, tens que dar um desconto, não há volta a dar-lhe, tens que aguentar... "- até quando?
Está tudo bem à minha volta, estão todos bem, menos eu... e o pior é que eu e a minha vida não interessam para nada a quase ninguém... ninguém me pergunta como estou querendo mesmo saber... e penso:
" Abre-te, abre o teu coração, deixa entrar..." - e eu deixo, mas magoam-me. E penso:
" Liberta-te, solta-te, deixa sair o que está aí dentro, vá lá... não custa nada..." – e eu vou atrás do meu pensamento, mas não páram para me ouvir nem compreendem nada do que digo.
Estou num buraco fundo e negro, não vejo nada, onde está a saída? Não vejo. Não vejo porque não existe saída. Mesmo assim tenho que continuar. Até quando? Até um dia... esse dia existe, eu só não sei quando será...
* termo vulgarmente utilizado pela minha mãe e que substitui muito simplesmente a palavra: merda
foto: eu...
4 comentários:
Linda existe sempre uma saída, o que te parece mal hoje concerteza que amanhã já será melhor.
Comigo passa-se exactamente a mesma coisa, é profissionalmente é familiarmente, é tudo mente, está tudo à espera que eu resolva, que eu faça, quando muitas vezes só quero é paz e estar sozinha, beijos e coragem, amanhã o dia vai ser melhor vais ver, escreve sempre isso ajuda e quando te sentires a explodir conta até 10 como publiquei no meu post. Jocas
Por vezes também me sinto assim, pois tenho a família que depende muito de mim, quando por vezes o que quero é que me façam mimos e não ter que meter um supositório no filho ou dizer qual o medicamento que fulano tem que tomar,mas amiga, amanhã é outro dia, e vais ver que já tens outro ânimo, pensamento positivo. Beijos
Querida, espero q isso seja só uma fase... Toda a gente passa essas fases.
E realmente é bem verdade, dizem-nos para abrir o coração...e depois o resultado nem sempre é o melhor. E toca a fecha-lo outra vez...sim sei o q isso é, infelizmente.
beijinhos grande, se precisares de mim, sabes onde estou :)
beijocas
Gigi...
Já lá vai algum tempo que não tem comento, mas lá vou dando uma espreitadela ;)
É legitimo termos fases menos recionais, onde tudo nos parece questionavel e tudo é posto em causa...é legitimo!
O deixar abrir o coração não e nada facil...nadinha! Muito menos depois de termos sido magoadas e de ficarmos na "retranca"...é natural essa attude!
Agora se ha algo com que não consegues viver, se há algo que te incomoda, simplesmente medita sobre isso e pensa se vale ou não reagir sobre isso...se a resposta for positiva...então bola pra frente!
Beijos
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