domingo, 13 de abril de 2008

Namorados

Vi-os por acaso, caminhavam lado a lado. À distância parecia que conversavam alegremente. Continuei a observá-los da janela do meu quarto. Duas figuras familiares, de uma delas conheço a fisionomia e o andar a centenas de metros de distância.
A estrada descreve uma curva acentuada ladeada de passeios calcetados à portuguesa. Na curva deram as mãos manifestando desse modo afecto e cumplicidade. E eu observando-os embevecida, por eles me fazerem recordar o tempo em que eu sentia daquela maneira, uma maneira pura de sentir, sem culpas e sem medos. Tentei sair do meu lugar de mãe e observei unicamente por delícia. Pus de parte o medo e tentei ser tão pura como eles me pareciam. Consegui e continuei a vê-los caminhar de mãos dadas. Pouco depois acentuaram o afecto e a cumplicidade, caminhavam abraçados como um par de namorados... afinal é o que são.


É difícil deixar os filhos "voar". Muito difícil.

4 comentários:

Anónimo disse...

se soubesse que estavas a ver nao dava as maos --' o post ta muito bonito e profundo. senao fosse a rapariga que estavas a observar ate era mais facil escrever aqui qualquer coisa.

beijinhos mae *

Gina G disse...

E para mim também está difícil escrever aqui qualquer coisa para te responder exactamente por seres a rapariga que eu observava...
:-)
Espero que tenhas entendido através do post que não vejo mal nenhum em dares as maos. Aliás, o tema era exactamente esse -sentimentos e actos puros.
:-)

(Smile's pôdres!!!)

Unknown disse...

pois... deve ser um passo que custe muito mas mais cedo ou mais tarde lá terá de ser!

Gina G disse...

É verdade Pedro! Chegou a hora...
:-)