Morreu alguém de seu nome Margarida. Não tenho muitas recordações dela mas provavelmente não a esquecerei. Por entre bolos que sabiam a naftalina e o costume de pôr um pratinho na mesa para tudo, a Tia Margarida vai ser recordada.
Esta tarde ocorreu o seu funeral. Foi uma cerimónia tão triste quanto bonita. Várias pessoas subiram ao púlpito para falar acerca da crente que partira para o Céu. É nisso que acreditam. Quando se pratica uma vida espiritual é natural que a congregação tenha palavras de conhecimento e reconhecimento daquilo que a pessoa foi e do seu trabalho na Igreja.
A minha sogra foi uma das pessoas que subiu ao púlpito, cantou um hino. Chorei mas não foi pela Tia Margarida. Chorei porque há muito tempo que não ouvia a minha sogra cantar. Há muito tempo que não vou à Igreja. Hoje é um daqueles dias que sinto que há tempo demais... qualquer dia deixo de ter tempo.
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