Eu transformo os deveres em urgências. E depois fico cansada. Muito cansada. De seguida desejo fortemente que haja um dia em que não existam deveres. Um dia em que não faz mal não fazer o que devo.
- Não faz mal não ir trabalhar.
- Não faz mal não dizer bom dia.
- Não faz mal não advertir.
- Não faz mal aborrecer-me com nulidades.
- Não faz mal ter um ar de enjoada com a vida.
- Não faz mal não varrer o chão.
- Não faz mal deixar de responder.
- Não faz mal não ir ao Ginásio.
- Não faz mal ter-me esquecido de comprar leite.
- Não faz mal não dar atenção à conversa.
- Não faz mal não limpar o pó.
Um dia chamado "não faz mal"? Desengana-te Gina. Esse dia não chegará nunca.
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