"Este caderno tem andado por aqui em cima dos móveis do meu quarto. Comprei-o com o intuito de andar comigo na mala para eu escrever o que me vem à cabeça e que seja adequado para publicar no meu blog. Há aqui alguns textos ainda por transcrever e é por isso que há uns dias atrás fui buscá-lo ali à caixa que está debaixo da minha cama e pu-lo à vista para me lembrar de transcrever para o meu blog o que falta.
Hoje, o Luís pensando que era um caderno de escola de um dos miúdos (este caderno é igual aos cadernos que o rico filho tem) abriu-o e leu o último texto que eu escrevi em Julho de 2006 e que relata uma conversa que o meu irmão teve comigo onde me chamava a atenção para uma série de atitudes do Luís com as quais não concordava demonstrando uma espécie de desdém mascarado de exortação. Não gostei de ouvir mas aceitei. Mesmo aceitando, fiquei muito triste e custou-me muito ouvir. Assim, desabafei escrevendo aqui. O Luís ficou triste e aborrecido(...)"
Este acontecimento reforçou bastante a ideia de que os diários são como a Caixa de Pandora. Quando abertos e lidos descobrem-se segredos guardados e às vezes já esquecidos como este. É como se todos os males que existem no mundo estivessem à espera de uma fresta para se escapulirem cá para fora e trazer toda a infelicidade.
Cá em casa ninguém liga a mínima ao meu diário, ninguém demonstra curiosidade em lê-lo. E ainda bem. Já referi aqui pelo meu blog várias vezes que uso essa escrita para registar acontecimentos e estados de espírito, mas que é uma escrita muito diferente da que faço no blog. E agora também já sei que afinal até tenho segredos. Era um segredo, deixou de o ser e tornou alguém infeliz. Eu própria, não consegui deixar de me sentir infeliz por aquilo que escrevo trazer infelicidade a quem amo.
Hoje, o Luís pensando que era um caderno de escola de um dos miúdos (este caderno é igual aos cadernos que o rico filho tem) abriu-o e leu o último texto que eu escrevi em Julho de 2006 e que relata uma conversa que o meu irmão teve comigo onde me chamava a atenção para uma série de atitudes do Luís com as quais não concordava demonstrando uma espécie de desdém mascarado de exortação. Não gostei de ouvir mas aceitei. Mesmo aceitando, fiquei muito triste e custou-me muito ouvir. Assim, desabafei escrevendo aqui. O Luís ficou triste e aborrecido(...)"
Este acontecimento reforçou bastante a ideia de que os diários são como a Caixa de Pandora. Quando abertos e lidos descobrem-se segredos guardados e às vezes já esquecidos como este. É como se todos os males que existem no mundo estivessem à espera de uma fresta para se escapulirem cá para fora e trazer toda a infelicidade.
Cá em casa ninguém liga a mínima ao meu diário, ninguém demonstra curiosidade em lê-lo. E ainda bem. Já referi aqui pelo meu blog várias vezes que uso essa escrita para registar acontecimentos e estados de espírito, mas que é uma escrita muito diferente da que faço no blog. E agora também já sei que afinal até tenho segredos. Era um segredo, deixou de o ser e tornou alguém infeliz. Eu própria, não consegui deixar de me sentir infeliz por aquilo que escrevo trazer infelicidade a quem amo.
foto: o "tal" caderno
5 comentários:
Eu também tenho segredos...mas não os escrevo claramente. Tenho medo dessa descoberta dos meus segredos pelas pessoas que amo. E são muitas cá em casa, cinco mais precisamente! Vou-me enrolando em palavras que traduzem sentimentos, vou-me deixando levar pela escrita e pela esperança que quem lê, me leia nas entrelinhas sem se magoar.
Não é fácil Verde Água!
Estou contigo no Dia do Não Faz Mal se...era bom que conseguissemos cumpri-lo!
Olá Vera&Catarina!
Parece que afinal é mesmo verdade que toda a gente tem segredos.
Obrigada pelo comentário.
:-)
Já agora, acerca do dia "não faz mal", era tão bom que pudesse mesmo existir, não era?
:-)
Nem tu sabes como me saberia bem e o monte de coisas que eu iria não fazer:
camas
lavar roupa
estender roupa
engomar roupa
levar 4 filhos às Escolas
recolher 4 filhos das Escolas
arrumar loiça
fazer jantar
arrumar a casa...
etc
etc
etc
:)
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