sexta-feira, 1 de agosto de 2008

- O casamento é bom, não é? - perguntei eu.
O meu interlocutor fez um ar vago, não identificável. Tentava ganhar tempo, procurava uma resposta que não o denunciasse como... romântico e feliz, talvez.
- Então, não achas? - reforcei a pergunta, não queria deixar morrer o assunto.
- Eh...! - fez ele - tem dias bons... dias maus... é como tudo. - respondeu sem convicção, como que para não tomar partido algum, não sendo assim achado em falta. É de espantar, pelo menos a mim espanta-me e muito, que alguém tenha vergonha de admitir que se sente bem, seja lá com aquilo que for.


Reflexões num casamento

Os homens, na maioria, cismam bastante nesta questão. Qual será o problema daquelas criaturas? Será mostrar fraqueza? Emoção? Será medo de se embrenharem num sentimento em pleno e depois ter que ficar preso a ele, porque demonstraram algo que efectivamente sentem? Ou será simplesmente o medo de dizer que querem e gostam?
Creio ser uma mistura de tudo isto... a grande maioria dos homens, ressalvo que é a maioria porque as minorias sempre hão-de existir e, portanto, há-de existir quem não aja e pense assim, tem medo ou vergonha de revelar sentimentos nobres ou idílicos.

Já agora, onde andam as minorias? Há por aí alguém disposto a revelar-se decidida e destemidamente?

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