"Nunca me preocupei com o anonimato" acabei eu de responder a alguém. É verdade, nunca me preocupei mesmo. Com o meu e até com o dos meus filhos. Nunca escrevi, se queria escrever o seu nome, apenas a inicial. Acho que não terá mal algum, qualquer um deles tem nomes vulgaríssimos. Que mal é que tem? Se houver está noutra cabeça que não na minha, certamente.
Não tenho o mínimo jeito para entrar aqui disfarçada do que quer que seja. Revelo o que acho que tenho que revelar e conto o que acho que tenho para contar, tendo por gosto registar acontecimentos.
Sempre soube que há o publicável e o impublicável. O impublicável é isso mesmo, não quero publicar porque acho que não devo e não devo porque sei que não quero.
Mesmo o publicável, mesmo esse, fica sempre cá dentro alguma coisa, porque me estabiliza. Porque acredito que se assim fizer vou controlar qualquer coisa que eu sei que existe, porque a sinto todos os dias da minha vida. Não posso dar tudo, alguma coisa tem que ficar comigo.
O interesse em escrever reside também aí - saber dosear, acertar na dose.
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