O homem deixava transparecer alguma ansiedade pela recente abertura do seu estabelecimento. Como eu estava percorrendo a montra com o olhar, perguntou-me:
- E para acompanhar o café, que vai ser? - as duas mãos juntas, denunciando claramente um forte desejo em agradar.
- Ando à procura do pão-de-deus mas não vejo...
- Já se venderam todos - disse com orgulho.
Olhei mais atentamente e vi um tabuleiro de pães com chouriço. Ele reparou para onde eu olhava e fervendo em ânsias disse:
- Talvez um salgadinho?
- Um pão com chouriço.
O homem segurou na pinça e olhou demorada e sorridentemente para mim. Fiquei expectante.
- Saíram do forno às seis e meia da manhã.
Sem conseguir entender a que propósito viria aquela observação, respondi:
- Então devem estar mesmo bons, não?
- Não é isso, é que já são onze.
- ...!!! - as minhas sobrancelhas subiram num gesto inquiridor.
- Não quer que lhe dê um calorzinho?
- Ah!... Não, obrigada. Eu gosto assim. Parta ao meio, sim?
- Quer que parta pelos golpes? Assim em três - espetou o indicador por cima dos dois golpes que o pão já apresentava.
- ... não... ao meio, por favor. Eu só vou comer metade agora, o resto é para embrulhar.
Foi lá dentro cortar o pão e trouxe-mo cortado em diagonal que é muito mais engraçado, é verdade. Trazia também novidades:
- Temos lá em baixo uma fornada de bolinhas, carcaças e pão saloio! Se quiser já sabe! Está mesmo, mesmo a sair pãozinho quentinho! É só levar!
"Chiça!" pensei eu "Oh darling vê lá se te acalmas um bocadinho porque com tantos nervos ainda nos arranjas úlceras no estômago!"
Com tanta amabilidade e atenção acabei por comer o pão todo!
- E para acompanhar o café, que vai ser? - as duas mãos juntas, denunciando claramente um forte desejo em agradar.
- Ando à procura do pão-de-deus mas não vejo...
- Já se venderam todos - disse com orgulho.
Olhei mais atentamente e vi um tabuleiro de pães com chouriço. Ele reparou para onde eu olhava e fervendo em ânsias disse:
- Talvez um salgadinho?
- Um pão com chouriço.
O homem segurou na pinça e olhou demorada e sorridentemente para mim. Fiquei expectante.
- Saíram do forno às seis e meia da manhã.
Sem conseguir entender a que propósito viria aquela observação, respondi:
- Então devem estar mesmo bons, não?
- Não é isso, é que já são onze.
- ...!!! - as minhas sobrancelhas subiram num gesto inquiridor.
- Não quer que lhe dê um calorzinho?
- Ah!... Não, obrigada. Eu gosto assim. Parta ao meio, sim?
- Quer que parta pelos golpes? Assim em três - espetou o indicador por cima dos dois golpes que o pão já apresentava.
- ... não... ao meio, por favor. Eu só vou comer metade agora, o resto é para embrulhar.
Foi lá dentro cortar o pão e trouxe-mo cortado em diagonal que é muito mais engraçado, é verdade. Trazia também novidades:
- Temos lá em baixo uma fornada de bolinhas, carcaças e pão saloio! Se quiser já sabe! Está mesmo, mesmo a sair pãozinho quentinho! É só levar!
"Chiça!" pensei eu "Oh darling vê lá se te acalmas um bocadinho porque com tantos nervos ainda nos arranjas úlceras no estômago!"
Com tanta amabilidade e atenção acabei por comer o pão todo!
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