Entrei no Metropolitano e encontrei uma visão escura, mais escura que o costume, e isso aguçou-me a curiosidade. Tentei perceber a que se deveria a escuridão e vi que a maioria das pessoas envergava um casaco preto, ou castanho, ou cinzento - podia ser por isso.
Depois pus-me a pensar em como as pessoas são estranhamente iguais. Todas vestiam roupa escura, devido à estação que decorre é certo, mas para além disso todas aparentavam o mesmo sentir - enregeladas, acabrunhadas, deprimidas.
Entretanto duvidei dos meus próprios pensamentos, do que via e concluía: «Isto não pode ser assim, as pessoas são sempre diferentes umas das outras!» pensei.
Mudei o olhar, apliquei aquele olhar que uso para escrever acerca de situações e de pessoas. Vi imediatamente diferenças entre as pessoas, na expressão, no caminhar. O seu todo diferenciava-as umas das outras. Na minha cabeça era formado um texto relatando as particularidades e os pontos de interesse que cada pessoa aparentava sob o meu perscrutador olhar.
Talvez eu seja especial ao ponto de ver o que quero ver. Talvez eu seja pretensiosa achando que sei ver de maneira diferente, que vejo mais e melhor, que quero, que faço, que sou. Talvez. Mas, e aqui é uma certeza, esse momento foi especial.
E agora continuando este texto sob o manto glorioso e brilhante do pretensiosismo, senti que sou capaz de transformar a vida porque (e quando) quero escrevê-la.
Depois pus-me a pensar em como as pessoas são estranhamente iguais. Todas vestiam roupa escura, devido à estação que decorre é certo, mas para além disso todas aparentavam o mesmo sentir - enregeladas, acabrunhadas, deprimidas.
Entretanto duvidei dos meus próprios pensamentos, do que via e concluía: «Isto não pode ser assim, as pessoas são sempre diferentes umas das outras!» pensei.
Mudei o olhar, apliquei aquele olhar que uso para escrever acerca de situações e de pessoas. Vi imediatamente diferenças entre as pessoas, na expressão, no caminhar. O seu todo diferenciava-as umas das outras. Na minha cabeça era formado um texto relatando as particularidades e os pontos de interesse que cada pessoa aparentava sob o meu perscrutador olhar.
Talvez eu seja especial ao ponto de ver o que quero ver. Talvez eu seja pretensiosa achando que sei ver de maneira diferente, que vejo mais e melhor, que quero, que faço, que sou. Talvez. Mas, e aqui é uma certeza, esse momento foi especial.
E agora continuando este texto sob o manto glorioso e brilhante do pretensiosismo, senti que sou capaz de transformar a vida porque (e quando) quero escrevê-la.
5 comentários:
Não tem apenas a ver com o que vestimos. Estamos tristes e acabrunhados pela merda de vida que está a passar por nós...e nós desesperando sempre à espera da merda do futuro...
Algum dia chegará de forma a que possamos dizer:
"porra finalmente chegou!"?
Sim. Se pensares que o futuro é no segundo a seguir a este em que estás a ler estas linhas.
Supondo eu que lês isto, claro...
Para saberes que leio:
o segundo já passou...
o segundo já se multiplicou...
a merda continua a mesma...
logo o futuro não chegou...CERTO?
Gostei dessa ideia de se ser capaz de transformar a vida porque e quando a quiser escrevê-la
Hey Space Flyer!
Estás tão certo quanto um relógio suíço. Isto, por falar em segundos, claro.
Redonda:
Tenho muitas vezes essa sensação, a de conseguir mudar ou moldar o que me rodeia no momento.
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