Perguntaram-me assim:
- Então não conheces esta senhora?
- Conheço. É a Dona Josefina - respondi eu, logo arrecadando sorrisos da dita em questão. O pensamento dela devia ser algo semelhante a isto: ' Ai que importante que eu sou que já passaram tantos anos e esta ainda se lembra de mim e tudo!'
Segue pensamento pensado simultaneamente por esta minha cabeça, embora bastante desenvolvido:
‘Claro que conheço! Então não? Por acaso estava aqui mortinha de saudades de a ouvir despejar o rol de intensas e interessantes actividades feitas lá no sítio que a acolhe. Tudo relatado sob o manto santo e purificado, claro está! Sim, que isto de estar a falar não é estar a falar (mal) de ninguém porque eu sei que a Dona Josefina sente pudor em murmurar e não murmura pois assim perderia a idoneidade e (até) segue à risca o vulgo ‘Manual dos Bons Costumes’ para que nada lhe seja apontado. Pobrezinha… não consegue…olha só as coisas que já lhe apontei!’
Entretanto fui invadida por uma espécie de tristeza. A tristeza veio porque tenho necessidade – não que houvesse necessidade mas eu tenho-a - de pensar este tipo de coisas para que assim se apague uma raiva que é surda e me esqueça que as pessoas são (todas e sempre serão) más.
- Então não conheces esta senhora?
- Conheço. É a Dona Josefina - respondi eu, logo arrecadando sorrisos da dita em questão. O pensamento dela devia ser algo semelhante a isto: ' Ai que importante que eu sou que já passaram tantos anos e esta ainda se lembra de mim e tudo!'
Segue pensamento pensado simultaneamente por esta minha cabeça, embora bastante desenvolvido:
‘Claro que conheço! Então não? Por acaso estava aqui mortinha de saudades de a ouvir despejar o rol de intensas e interessantes actividades feitas lá no sítio que a acolhe. Tudo relatado sob o manto santo e purificado, claro está! Sim, que isto de estar a falar não é estar a falar (mal) de ninguém porque eu sei que a Dona Josefina sente pudor em murmurar e não murmura pois assim perderia a idoneidade e (até) segue à risca o vulgo ‘Manual dos Bons Costumes’ para que nada lhe seja apontado. Pobrezinha… não consegue…olha só as coisas que já lhe apontei!’
Entretanto fui invadida por uma espécie de tristeza. A tristeza veio porque tenho necessidade – não que houvesse necessidade mas eu tenho-a - de pensar este tipo de coisas para que assim se apague uma raiva que é surda e me esqueça que as pessoas são (todas e sempre serão) más.
4 comentários:
Achas Gigi? As pessoas são são todas e sempre serão más?
Deve ser por isso que de vez em quando levo cada abanão
eu por princípio penso que são sempre boas.
beijinho
Eu não diria que todas as pessoas são más. Diria que.. como pôr a questão... Que não são todas ingénuas nem imaculadas e que não são tão purazinhas como querem dar a entender que são.
Já a parte da maldade é estranho. Tu mesma se analisares bem sabes que ésmá para umas pessoas e para outras és de uma bondade extrema.
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Ai, GiGi custa-me constactar a firmeza com que defendes essa convicção... não sei...mas olha, eu tive, e tenho, uma mãe que foi multiplicando o seu amor, desdobrou-se em DEZ mães,e ainda assumiu 2o e tal avós, e outro tanto bisavós, tudo isto á a minha doce mãe, toda generosa, boa mesmo até ao fundo, um exemplo de disponibilidade, imparcialidade, isenção, e mais: cultura e inteligência, humildade e sabedoria, sério, não sou só eu que acho... como poderia eu então sentir que as pessoas são más?
Nem imagino como conseguiria eu viver se pensasse isso das pessoas que me rodeiam... dava-me cá uma depressão, que não me levantava mais da cama!
Claras, Thunderlady e Inês:
Isto são coisas que eu sinto mas que felizmente não as sinto a toda a hora. Mas lá que as sinto, sinto!
bjs
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