Este texto foi retirado de um jornal que é publicado na escola dos meus filhos e que por sua vez foi reproduzido de um artigo da revista "El mundo" de 05/02/2006.
Consolem-se os pais e as mães dos adolescentes. A culpa dos vossos filhos serem desorganizados, irascíveis, desmemoriados, vagos e mesmo insuportáveis, não é vossa. Segundo o neurologista Jay Giell, as alterações fisiológicas que se produzem no cérebro durante esta fase são tão espectaculares que justificam os comportamentos mais absurdos e atípicos. Para começar, acontece um intenso processo de criação e destruição de neurónios. As sinapses conexões entre estes mais utilizadas são fortalecidas. Por sua vez as mais débeis desaparecem. A zona conhecida como "nucleus accombens" revela pouca actividade, o que está relacionado com a falta de motivação geral dos adolescentes (a menos que o prémio seja imediato). Por outro lado, a dança de hormonas suscitadas no corpo influi no seu cérebro, explicando a rapidez com que se aborrecem. Como o córtex pré-frontal ainda não se desenvolveu, são incapazes de se organizarem e até de medirem as consequências dos seus actos, independentemente do puxão de orelhas que possam vir a levar. Como se não bastasse todos estes aspectos, o neurologista sustenta que os adolescentes sofrem de síndroma de Kevin, o que significa que não compreendem as emoções alheias. Não é de estranhar que eles sintam que todos os odeiam.
Não costumo descansar a minha consciência à sombra de artigos deste género. É verdade que muitas vezes luto contra o sentimento de culpa que sinto quando os meus filhos dão uma resposta torta ou quando não obedecem à primeira, questiono-me se estarei a educá-los da melhor maneira. Felizmente, a maior parte das vezes costumo pensar que faço o melhor que posso e o melhor que sei naquele momento.
Acho que aquele texto é uma explicação científica para uma só palavra: imaturidade. Um adolescente é simplesmente um corpo adulto numa mente ainda infantil. O corpo desenvolve rapidamente e a mente não acompanha. E a isso chama-se simplesmente: imaturidade. Há que dar tempo ao tempo...
Originalmente escrito e publicado em 13 de Junho de 2006, aqui.
Consolem-se os pais e as mães dos adolescentes. A culpa dos vossos filhos serem desorganizados, irascíveis, desmemoriados, vagos e mesmo insuportáveis, não é vossa. Segundo o neurologista Jay Giell, as alterações fisiológicas que se produzem no cérebro durante esta fase são tão espectaculares que justificam os comportamentos mais absurdos e atípicos. Para começar, acontece um intenso processo de criação e destruição de neurónios. As sinapses conexões entre estes mais utilizadas são fortalecidas. Por sua vez as mais débeis desaparecem. A zona conhecida como "nucleus accombens" revela pouca actividade, o que está relacionado com a falta de motivação geral dos adolescentes (a menos que o prémio seja imediato). Por outro lado, a dança de hormonas suscitadas no corpo influi no seu cérebro, explicando a rapidez com que se aborrecem. Como o córtex pré-frontal ainda não se desenvolveu, são incapazes de se organizarem e até de medirem as consequências dos seus actos, independentemente do puxão de orelhas que possam vir a levar. Como se não bastasse todos estes aspectos, o neurologista sustenta que os adolescentes sofrem de síndroma de Kevin, o que significa que não compreendem as emoções alheias. Não é de estranhar que eles sintam que todos os odeiam.
Não costumo descansar a minha consciência à sombra de artigos deste género. É verdade que muitas vezes luto contra o sentimento de culpa que sinto quando os meus filhos dão uma resposta torta ou quando não obedecem à primeira, questiono-me se estarei a educá-los da melhor maneira. Felizmente, a maior parte das vezes costumo pensar que faço o melhor que posso e o melhor que sei naquele momento.
Acho que aquele texto é uma explicação científica para uma só palavra: imaturidade. Um adolescente é simplesmente um corpo adulto numa mente ainda infantil. O corpo desenvolve rapidamente e a mente não acompanha. E a isso chama-se simplesmente: imaturidade. Há que dar tempo ao tempo...
Originalmente escrito e publicado em 13 de Junho de 2006, aqui.
2 comentários:
Pois eu tb tenho esse dilema...
Pois Educar uma crianca nao é tarefa nada facil, ate hoje para mim tem sido a coisa mais dificil, que fiz na vida.Pois nunca sabemos ao certo se os castigos, os ralhetes, os mimos, ceder por vezes aos caprichos seram o amis acertado...
Mas vamos tentando educar o melhor que sabemos, e o que os nossos pais fizeram conosco adaptado a personalidade dos nossos filhos e a epoca que vivemos.
bjs
cris
perdidosemafrica
Escolheste a melhor opção. Nunca saberemos se estamos a fazer o que é melhor, é por isso que digo que educo o melhor que sei no momento pois por vezes há opções que seguimos, e seguimo-las mal, mas é o que sabemos no momento...
bjs
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