quarta-feira, 11 de março de 2009

História de um ramo de flores




Era uma vez um cavalheiro que fez asneira da grossa e a sua amada ficou fortemente ofendida com ele. Arrependido de ter feito tamanho disparate o cavalheiro quis desculpar-se perante a amada e, para isso, comprou-lhe um belo ramo de flores e foi, contrito, oferecer-lho. Mas ela não anuiu e, para mais, deitou-o ao chão desprezando por completo o remorso do cavalheiro.
Porém, o cavalheiro debaixo de grande persistência no dia seguinte repetiu o gesto. Mas acontece que a dama também repetiu o gesto.
Durante dias o ciclo repetiu-se. Dia-a-dia era visto um belo ramo de flores deixado ao abandono nas pedras da calçada.
Até que um dia, o belo ramo de flores desse mesmo dia teve uma sorte diferente:

Entrou na loja um senhor e perguntou-me:
- Tem aí jarras?
Sendo normal eu achar que o senhor vinha para comprar, respondi que sim e preparei-me para lhas mostrar. De repente ele lança as mãos de detrás das costas e mostra-me um ramo de flores... Diz que o tinha encontrado ali no chão, que estava um pouco partido mas ainda estava bem bonito e se eu o queria...
Quis, trouxe-o para casa, tirei-lhe uma fotografia, pu-lo numa jarra, escrevi.

4 comentários:

redonda disse...

Gostei muito, muito da história, mas a 1ª parte aconteceu mesmo ou não? :)

Gina G disse...

Na verdade não sei. Supus; é o que concluo depois de tantos dias a ver um ramo de flores no chão. :)

Rui disse...

E assim, (sobre)viverá para sempre.

Gina G disse...

Sim! Muitas vezes, ao escrever, é isso o que tenho na ideia. Perpetuar o que vivi, ou, no mínimo, prolongar um pouco mais de tempo na minha memória aquilo que vivi.