Era uma vez um cavalheiro que fez asneira da grossa e a sua amada ficou fortemente ofendida com ele. Arrependido de ter feito tamanho disparate o cavalheiro quis desculpar-se perante a amada e, para isso, comprou-lhe um belo ramo de flores e foi, contrito, oferecer-lho. Mas ela não anuiu e, para mais, deitou-o ao chão desprezando por completo o remorso do cavalheiro.
Porém, o cavalheiro debaixo de grande persistência no dia seguinte repetiu o gesto. Mas acontece que a dama também repetiu o gesto.
Durante dias o ciclo repetiu-se. Dia-a-dia era visto um belo ramo de flores deixado ao abandono nas pedras da calçada.
Até que um dia, o belo ramo de flores desse mesmo dia teve uma sorte diferente:
Entrou na loja um senhor e perguntou-me:
- Tem aí jarras?
Sendo normal eu achar que o senhor vinha para comprar, respondi que sim e preparei-me para lhas mostrar. De repente ele lança as mãos de detrás das costas e mostra-me um ramo de flores... Diz que o tinha encontrado ali no chão, que estava um pouco partido mas ainda estava bem bonito e se eu o queria...
Quis, trouxe-o para casa, tirei-lhe uma fotografia, pu-lo numa jarra, escrevi.
4 comentários:
Gostei muito, muito da história, mas a 1ª parte aconteceu mesmo ou não? :)
Na verdade não sei. Supus; é o que concluo depois de tantos dias a ver um ramo de flores no chão. :)
E assim, (sobre)viverá para sempre.
Sim! Muitas vezes, ao escrever, é isso o que tenho na ideia. Perpetuar o que vivi, ou, no mínimo, prolongar um pouco mais de tempo na minha memória aquilo que vivi.
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