sexta-feira, 6 de março de 2009

Roupa morta


Em Lisboa, na Avenida de Roma, há uma loja de uma conhecida estilista. Passo lá com frequência, às vezes detenho-me por curiosidade, porque se há coisa que sempre me encantou foi trapos e afins, e outras vezes olho só sem desacelerar o passo.
Mas não gosto do que vejo. Nunca gosto do que vejo. Não tanto pela forma dos modelos ou das cores mas sim, pelo cair das roupas nos manequins expostos na montra. Na minha óptica as roupas não caem bem, são pingonas, estão baças e vazias, não transmitem vida alguma.
Talvez eu não tenha sensibilidade para a coisa ou me falte a alma de artista. Talvez.

4 comentários:

Rui disse...

Vale mais a loja do outro lado da rua, na esquina. O que por lá há torna-nos mais deformados, pingões e baços. Mas deixam-nos cheios (e satisfeitos).

Digo eu.

Gina G disse...

Deixaste-me a pensar no que haverá em cada uma das esquinas daquele sítio mas não me lembro. Mas vou lembrar-me de reparar nas esquinas a próxima vez que lá passar, isso vou.

Rui disse...

Já agora, que reparar seja apenas o inicio. É que vale a pena.

Gina G disse...

Sim. Obrigada pelo repar. Escrevi reparar e devia ter escrito olhar.
E vou olhar.