Idealizei um post para registar a data falando acerca do meu nome. Escrevi parte da história no início deste blogue mas falta algo, falta o porquê do nome que tenho. Para saber alguns pormenores questionei os meus progenitores recentemente. O que me relataram não foi novidade, todas essas coisas me são contadas desde que me lembro da própria existência:
À semelhança da maioria dos progenitores, os meus pais pensaram em nomes masculinos e femininos. Se eu tivesse nascido menino, hoje chamar-me-ia Edgar. Giro, não? Actualmente gosto desse nome, não muito mas gosto. Já antes, quando em miúda ouvia esta história de Edgar para aqui e para ali, não gostava nada e sentia-me sempre aliviada por ter nascido uma menina para não ter que carregar comigo tão horrendo nome toda a vida. O 'Edgar' do momento era um jogador de hóquei em patins, ao que parece muito bom, e o nome surgiu-lhes porque o meu pai costumava ver (e apreciava) hóquei em patins.
Os nomes escolhidos no feminino eram três: Milena, Gina Maria e Maria Leonor. Milena era o nome da heroína de uma radionovela ao momento da minha chegada a este mundo, Gina Maria era o nome de uma cantora que os meus pais gostavam muito de ouvir e que se ouvia na rádio frequentemente e Maria Leonor porque sim.
Agora até podia deixar aqui um desafio aos leitores para tentarem adivinhar que nome me puseram mas acho que é muito fácil…
Escolheram Gina Maria, pois! Inclinaram para aí… Depois vem o resto da história já anteriormente publicada mas a merecer destaque hoje também:
'Pois é... o meu BI diz que o meu nome próprio é Virgínia Maria. E eu por acaso, mesmo só por acaso, não gosto do meu nome.
Quando eu nasci, os meus pais registaram-me Gina Maria. Até aí tudo bem, mas 3 semanas depois receberam uma carta do Registo Civil dizendo que aquele nome não podia ser aceite, teriam que escolher outro nome para mim.
Uma vez que era aquele nome que tinham escolhido e que já toda a família sabia que o seu mais recente membro se chamava Gina, os meus pais resolveram escolher um nome que desse para me continuarem a chamar assim. Trocaram Gina por Virgínia e deixaram o resto tudo igual.
Só me apercebi que não me chamava Gina quando entrei para a Escola Primária. A profesora chamava-me Virgínia, eu tinha que aprender a escrever o meu nome e não era Gina que me estavam a ensinar a escrever. Todos os outros meninos escreviam o nome que lhes chamavam, eu era diferente. Quando se tem 6 anos, não é agradável ser diferente.
Uns anos depois, ainda na escola, houve uma altura que quando assinava o meu nome, assinava: "Verginia" numa atitude de rebeldia inconsciente. Lembro-me de a minha professora de português me chamar a atenção cada vez que eu assinava "Verginia". Mas eu não ligava a mínima e continuava a levar a minha avante: "Verginia".
Até que houve uma dia (há sempre um dia), eu achei que devia começar a assinar o meu nome bem escrito, com acento e tudo.
Isto aconteceu quando eu frequentava o 2º ano do Ciclo Preparatório (o actual 6º ano). Nessa altura eu era uma excelente aluna e lembro-me muito bem de num teste de português, além do "satisfaz muitíssimo bem" estar desenhado um foguete, ilustrando o facto de eu finalmente ter assinado o meu nome como deve ser. Para mim, aquele foi o momento em que aceitei aquilo que ainda hoje detesto, o meu nome. Pronto... tinha que ser... não havia nada a fazer...o meu nome era mesmo aquele e tal...
Mas... Virgínia é só para o papel, como eu costumo dizer.
Adenda:
Nada de me chamares Virgínia por aqui, ouviste???'
Originalmente publicado aqui.
À semelhança da maioria dos progenitores, os meus pais pensaram em nomes masculinos e femininos. Se eu tivesse nascido menino, hoje chamar-me-ia Edgar. Giro, não? Actualmente gosto desse nome, não muito mas gosto. Já antes, quando em miúda ouvia esta história de Edgar para aqui e para ali, não gostava nada e sentia-me sempre aliviada por ter nascido uma menina para não ter que carregar comigo tão horrendo nome toda a vida. O 'Edgar' do momento era um jogador de hóquei em patins, ao que parece muito bom, e o nome surgiu-lhes porque o meu pai costumava ver (e apreciava) hóquei em patins.
Os nomes escolhidos no feminino eram três: Milena, Gina Maria e Maria Leonor. Milena era o nome da heroína de uma radionovela ao momento da minha chegada a este mundo, Gina Maria era o nome de uma cantora que os meus pais gostavam muito de ouvir e que se ouvia na rádio frequentemente e Maria Leonor porque sim.
Agora até podia deixar aqui um desafio aos leitores para tentarem adivinhar que nome me puseram mas acho que é muito fácil…
Escolheram Gina Maria, pois! Inclinaram para aí… Depois vem o resto da história já anteriormente publicada mas a merecer destaque hoje também:
'Pois é... o meu BI diz que o meu nome próprio é Virgínia Maria. E eu por acaso, mesmo só por acaso, não gosto do meu nome.
Quando eu nasci, os meus pais registaram-me Gina Maria. Até aí tudo bem, mas 3 semanas depois receberam uma carta do Registo Civil dizendo que aquele nome não podia ser aceite, teriam que escolher outro nome para mim.
Uma vez que era aquele nome que tinham escolhido e que já toda a família sabia que o seu mais recente membro se chamava Gina, os meus pais resolveram escolher um nome que desse para me continuarem a chamar assim. Trocaram Gina por Virgínia e deixaram o resto tudo igual.
Só me apercebi que não me chamava Gina quando entrei para a Escola Primária. A profesora chamava-me Virgínia, eu tinha que aprender a escrever o meu nome e não era Gina que me estavam a ensinar a escrever. Todos os outros meninos escreviam o nome que lhes chamavam, eu era diferente. Quando se tem 6 anos, não é agradável ser diferente.
Uns anos depois, ainda na escola, houve uma altura que quando assinava o meu nome, assinava: "Verginia" numa atitude de rebeldia inconsciente. Lembro-me de a minha professora de português me chamar a atenção cada vez que eu assinava "Verginia". Mas eu não ligava a mínima e continuava a levar a minha avante: "Verginia".
Até que houve uma dia (há sempre um dia), eu achei que devia começar a assinar o meu nome bem escrito, com acento e tudo.
Isto aconteceu quando eu frequentava o 2º ano do Ciclo Preparatório (o actual 6º ano). Nessa altura eu era uma excelente aluna e lembro-me muito bem de num teste de português, além do "satisfaz muitíssimo bem" estar desenhado um foguete, ilustrando o facto de eu finalmente ter assinado o meu nome como deve ser. Para mim, aquele foi o momento em que aceitei aquilo que ainda hoje detesto, o meu nome. Pronto... tinha que ser... não havia nada a fazer...o meu nome era mesmo aquele e tal...
Mas... Virgínia é só para o papel, como eu costumo dizer.
Adenda:
Nada de me chamares Virgínia por aqui, ouviste???'
Originalmente publicado aqui.
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