terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Outro post dos (i)letrados desta casa


Um dia, em conversa com a rica filha, rematei com uma espécie de provérbio:
- Isso foi chão que já deu uvas!
- Disso de provérbios não percebo nada... - Diz-me ela como se por isso fosse impossível a conversa continuar. Disse-lhe que nunca é tarde para aprender, e quando ouvir isto outra vez já não lhe será novidade.
No dia seguinte, referindo-se a um cantor português que ao momento actuava na TV, diz ela assim:
- Hum, ah pois é… Tem que se usar a prata da casa!
E eu fazendo banzé brincalhão:
- Tem que se usar a prata da casa?! Prata da casa?!
Ela encolheu os ombros:
- A mãe agora não pode ouvir os meninos dizerem nada que faz sempre ganda espanto…
Passado pouco tempo, ouvem-se passos. Era o rico filho que vinha no corredor. A rica filha reconheceu-o:
- Ah-ah! Reconheci esse andar arrastado!...
E eu, para chatear:
- Ena! Estás a adjectivar! Muito bem, muito bem...
- André – Diz ela ao mano – Esta dama… A gente agora diz qualquer coisinha mais elaborada…
- Elaborada?! – Continuo eu, trocista.
- Damn…!

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