O homem do tambor tem os olhos pequeninos. Pousado no nariz tem um par de óculos cujas lentes parecem o fundo de um copo de três e lhe diminuem os olhos. E por falar em copo de três, o bicho gosta da pinga!
Mas era dos olhos pequeninos que eu queria escrever, a pinga hoje interessa pouco.
Ele senta-se na esplanada, bengala em cima da mesa não vá cair e depois não há ligeireza para a apanhar, chapéu nos chamiços por causa do tempo, cigarro nos queixos que o vício é grande. E depois há os olhos... Os olhos dele perdem-se em nenhures, não vêem nada nem ninguém, como se estivesse frente à cortina corrida no fim de um espectáculo e sentado na sala quando todos já foram embora.
Eu queria ter uns olhos daqueles que não vêem, ver é amar sofrendo. Os meus olhos não andam atrás de lentes grossas, são enormes e ainda por cima falam...
Mas era dos olhos pequeninos que eu queria escrever, a pinga hoje interessa pouco.
Ele senta-se na esplanada, bengala em cima da mesa não vá cair e depois não há ligeireza para a apanhar, chapéu nos chamiços por causa do tempo, cigarro nos queixos que o vício é grande. E depois há os olhos... Os olhos dele perdem-se em nenhures, não vêem nada nem ninguém, como se estivesse frente à cortina corrida no fim de um espectáculo e sentado na sala quando todos já foram embora.
Eu queria ter uns olhos daqueles que não vêem, ver é amar sofrendo. Os meus olhos não andam atrás de lentes grossas, são enormes e ainda por cima falam...
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