segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Duzentos e Vinte e Quatro

Se eu trabalhasse numa livraria era a mulher mais feliz do mundo.
Os livros e eu.
As histórias e eu.
As pessoas e eu.
O ficcionado e o real, tudo à mistura, como se vivesse num carrocel, vendo o mundo girar sem me mexer muito, uma entre iguais.
Aqui não. Aqui a fantasia reside apenas na minha cabeça. Fora daí a realidade é dura.
Acho que é por isso que escrevo, escrevo para dar importância às coisas, para tirar-me da seriedade que tem de ser a minha vida, para esquecer. Escrevo para me esquecer, não suporto a minha vida e é por isso que escrevo tanto. E, já agora, se eu trabalhasse numa livraria era a mulher mais feliz do mundo.

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