Casalinhos de Alfaiata, 20 de Fevereiro de 2011 |
Não sei conversar, por assim dizer. Sei fazer perguntas, isso é que eu sei fazer mesmo bem... Perguntas às quais a maioria das pessoas não está para responder. As minhas perguntas são tiradas abruptas, são como flechas, se acerto em cheio mato a conversa. Se não acerto, se passo ao lado, é certo que a pessoa não deixará de se sentir invadida e abala de ao pé de mim no minuto a seguir completamente aterrorizada com a minha prosa, já para não dizer que vai com a certeza de que não tenho os cinco bem medidos.
Poucos assuntos há que interessem a mim e aos outros em simultâneo. Difícil encontrar alguém que esteja na disposição de me aturar. É como estar desajustada num mundo de iguais, num mundo que é sempre da mesma maneira, num mundo onde só mudam as horas e a intensidade da luz.
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