A mulher é maluca. Anda pelas ruas, passeando aqui e ali, aparentemente nada faz ou nada tem para fazer, tem um olhar tão perdido quanto alucinado.
Eu também sou maluca mas ninguém acredita que sim. A bem da verdade eu nunca sou porra de coisa nenhuma. Nem boa nem má, não sou pão nem bolo. Não sou e pronto. Tenho uma qualquer aura que me protege de ser, de existir. A minha aura é também inesxistente, já que sou uma espécie de vácuo, ou de ar em excesso, depende da hora.
Não obstante, contudo, porém e efectivamente, eu estou aqui... Mas depende da hora.
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