As pessoas não querem incomodar o meu almoço. Por entre duas garfadas a carteira deixa-me as cartas quase no colo mas dantes não me queria incomodar.
As pessoas não querem incomodar o meu almoço. Mas encontram-me aqui ou ali e pumba, olhe lá isto ou aquilo. Noutro dia foi no cabeleireiro.
Ah, eu queria que lá fossem arranjar o estore e assim mas deixe estar.
Não deixo estar, não senhora. Saco do bloquinho, diga lá onde mora e quando é que lhe dá jeito.
Ah, é em tal parte. Vai lá amanhã? Pode, não pode?
Pode, sim senhora, digo eu, enfatizando o 'pode' que é para dar mais intenção à cena, levando em conta que nos encontramos num salão de cabeleireiro cheio de marias em priveligiada posição de espectadoras e, já agora, aproveitando o ensejo angario futuras clientes com a minha diligente simpatia.
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