Uma vida estranha é uma mulher ter um atraso mental poucochinho, assim como que não ter os cinco sentidos bem medidos, e ser dona de uma fortuna enorme, que lhe deixou a tia, ou a madrinha, ou lá que é. Se calhar os pais, ou assim, é que lhe passaram a herança, não sei bem. Essa mulher vive infeliz, sozinha... e cheia de dinheiro. Não se entrega a ninguém com medo que lhe roubem a fortuna. Esta mulher é doente da tola, riquíssima e está completamente sozinha. Ainda lhe vai valendo a vizinha idosa, vá lá. Mas um dia...
Há mais vidas estranhas. Há pelo menos uma: a minha. A minha vida é estranha. Tenho uma profissão de que não me orgulho ou sequer apraz mas permite-me uma visão da vida das pessoas que poucos têm, uma vez que ando muitas vezes metida na casa delas, o que me ajuda a escrever doutros mundos que não conheceria se estivesse fechada num escritório ou num armazém.
Balcão, objeto abominável. Escrever, ato que adoro.
Cada um tem as suas... Já a minha mãe diz.
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