sábado, 29 de outubro de 2011

Passeio solitário

O título deste post até pode dar a entender que não estou habituada a andar sozinha, estou pois. Só que hoje foi diferente. Normalmente eu ando sozinha porque quero, hoje andei sozinha porque calhou.
Estive no Centro Comercial Vasco da Gama. Credo... Tanta gente. Não conheço ninguém que aprecie multidões, no entanto ali andava meia Lisboa e mais uns quantos zanzando pelo espaço cheio de luzes intensas e burburinho que quase ensurdece. Concluo, então, que conheço um número muito reduzido de pessoas...
Refugiei-me nas livrarias. Folheei livros vários. Teria comprado esses todos. Não comprei nenhum.
Antes dos livros e dos magotes, ao passar numa ponte sobre carris vejo vir de lá o comboio. Fiquei a vê-lo e só depois tirei a foto. Quando posicionava a máquina notei muitos insetos no ar voando freneticamente. Eram libelinhas. Uma pena não pousarem apra mim...
Depois das libelinhas - mas antes dos livros e dos magotes - observei a luminosidade da mais bela cidade do mundo. Bem que dizem maravilhas da luz lisboeta, é um primor, de facto.
Depois da luminosidade - e antes dos livros e dos magotes - a luz extinguia-se lentamente para que eu pudesse admirar o ocaso.
Só depois é que me fui aos livros e aos magotes. E ao barulho, à confusão. Pessoas. É o mundo. E o mundo são as pessoas.





Lisboa - Sacavém e Parque das Nações, 29 de Outubro de 2011

2 comentários:

Olinda Gil disse...

Eu conheço a luz única de Lisboa. Mas deve ser por ser Alentejana, que tinha muitos dias que achava aquela cidade cizenta, húmida, escura e triste.

Gina G disse...

Pois é, as planícies dão um lonjura ao olhar que é qualquer coisa de luminoso também.