quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A grande loja

Gosto de vir aqui porque ninguém me chateia a tola. Mexo, retorço, desarrumo... e deixo ficar. Uma delícia para a minha alma faminta de pequenos delitos.
É um espaço amplo o suficiente para passar o tempo que é preciso, o tempo de que eu preciso. É assim todos os dias, sistematicamente, ou loucamente cíclico, como escrevi há dias.

Vejo muitas cenas. Invento e assim.

Tinha pela frente uma escadaria imensa quando o vejo. A gente ia-se cruzar, não havia espaço, um teria de esperar pelo outro. O bicho em causa era paneleiro, só pode.
Primeiro: não me deu primazia na passagem.
Segundo: estava deslumbrado com as árvores de Natal.
Terceiro: comentava entusiasticamente as corzinhas e as luzinhas e respetivos brilhos natalícios.
Quarto: a custo continha saltos de alegria e palmas de satisfação.
Quinto: encontrava-se sozinho...
Eram emoções e emoções à flor da pele, umas atrás das outras. Tão fofinho... Tão queriduxo...

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