Colocar a massa esquisita em cima da mesa de fórmica. Amassar com desvelo, a ver se ela se transforma naquilo que queremos. Dar voltas e voltas. Carinhosamente, vá.
Quando a massa estiver toda ela uma bola sob o nosso comando, estendê-la. Não sem antes enfarinhar a mesa de fórmica. Usar rolo grosso e pesado. Branco. De polistireno. Não havendo de polistireno vai do que houver. Mas não sem antes o enfarinhar também. Rolar em cima de toda a massa. Rolar, rolar. É para isso que serve. Amassa aumentará em largura e diminuirá em altura. Também parece que é o que se quer.
Uma vez estendida e cortada toda a massa em rodelas bonitas, colocá-las no forno a ver se cozem.
Entretanto, comer as aparas de massa crua e fincar os dentes no rolo grosso, pesado, branco e de polistireno... Pois hão-de lá haver bocadinhos doces de massa. Nada de desperdiçar, que os tempos estão ruins, tão ruins como dantes...
Cozeram pois, as bolachinhas de manteiga cozeram.
Tenho coisas a dizer, pois tenho. Sempre tenho coisas a dizer.
Tenho coisas a dizer, pois tenho. Sempre tenho coisas a dizer.
2 comentários:
Só me resta perguntar:
Sobrou alguma?
Não... ;)
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