Godofredo tem um blogue, logo à noite vai escrever um post cheio de criatividade literária anunciando aos seus leitores que a nora do senhor Joaquim fechou a porta quando passavam dois minutos da uma da tarde, descreverá e adjetivará com tamanha sapiência esse simples ato que o mesmo ficará mascarado de efeméride. E comemorável, inclusive.
Venceslau tem um blogue, daqui a nada vai escrever um post cheio de criatividade literária (uma outra) e encontrará pontos de verdadeiro interesse na viagem duma barrinha de ferro com três metros de comprimento, empreendida por uma simpática senhora numa rua lisboeta pouco movimentada. Que aquilo sim, é empenho, vontade de trabalhar e zelo pelo negócio.
Amílcar tem um blogue, à tardinha vai escrever um post cheio de criatividade literária (diferente da dos outros dois cavalheiros expostos acima) onde explorará a verdadeira saga que é a vida daquela mulher que escreve umas quantas coisas num pequeno retângulo de papel já usado no verso. Inventará os seus escritos e tudo, uma vez que no ato de escrever se pode ser criativo...
Depois chegarão resmas de comentários aos blogues destes fulanos, que isto de escrever episódios simples e melhorá-los substancialmente (indo até ao fantástico) é uma arte que se quer bem aclamada e bajulada em muito.
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