quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Uma série de lâmpadas

O ano passado contei aqui a história do Filipe, o jovem adulto com ares de criança.
Este ano fui novamente abordada:
'Olhe, eu queria saber se ainda tem daquelas lâmpadas de Natal que eu comprei há muito tempo...'
'Tenho. Tenho, pois. Ou devo ter...'
Fui buscar a caixa e vasculhei-a. Havia as tais lâmpadas, sim senhores.
Fazendo jus à questão do rapaz - que este é um artigo em desuso – fui-lhe dizendo:
'Estás a ver esta letra bonita? Ainda é do tempo em que eu fazia a letra redonda...'
Ele, armado em cavalheiro sem paleio, diz que não acredita. Este cavalheiro desacredita que com o rodar dos tempos eu tenha deixado de parte a caligrafia bem apresentada.
Reforcei a ideia:
'Olha que sim, a pressa é o principal motivo...'
'Ah, não acredito.'
Torna a dizer o jovem e simplório cavalheiro. É mesmo jovem, este. Não me concebe fazendo letras desproporcionais, nem nada que seja sequer minimamente negativo... Ai, ai.

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