A dona Alda andava de roda dos pertences para me pagar dois frasquinhos de acetona. Dois, ah pois. É um produto muito necessário, já lá ficava para ocasiões vindouras. Ou então, fazer stock é fixe. Um dia ainda pergunto à dona Alda se acha fixe armazenar frasquinhos de acetona no armário da casa de banho. Tenho a certeza que se rirá, atirando a cabeça para trás e me chamará Gininha mais uma catrefa de vezes.
A mala pousada no balcão e um reboliço do caraças lá por dentro, à força de tanto vasculhar. Documentos, cartões e afins iam aflorando e desinteressando, aflorando e desinteressando. E eu esperando, às vezes tenho isso a que chamamos paciência… Mas da carteira, esse objeto tão apetecível ao momento, nem sinal. Ela ia rindo e tremendo, os dedos iam-se mexendo, nervosos, à procura do singelo contentor de numerário...
– Ele há de andar para aí, ó dona Alda!
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